quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Tudo Decidido de Antemão (Ef 1.1-15)
Rev. Sila D. Rabello
O apóstolo Paulo bendiz a Deus porque na Eternidade, antes da existência do mundo e do ser humano, Deus tinha ciência do que aconteceria com a sua criação e mesmo assim nos aceitou, nos amou e determinou como seria o nosso resgate.
Este foi um momento histórico decisivo; um Kairós de Deus que lampeja na Revelação Bíblica e soa como um “Destino Manifesto” de toda a criação e por excelência o ser humano. A esse Destino Manifesto, dá-se o nome de “Predestinação.”
Ciente de que aconteceria a “Queda”, Deus tinha diante de si o dilema de prosseguir ou não com o seu plano de criação e, segundo o beneplácito da sua vontade, Deus resolveu tudo antes do início, desde a morte do Cordeiro-Filho à decisão de ter filhos por adoção.
A questão da “Salvação” foi a grande e ímpar decisão de Deus tomada uma única vez: Deus resolveu aceitar-nos! Esta decisão tem alcance universal, aplicável a todas as etnias da terra. No entanto, ela não se aplica automaticamente a todo ser humano. Ela se aplica a qualquer que crê. A fé move a mão humana para receber o favor de Deus programado antes de tudo ter sido criado.
Deus não fica no dia-a-dia escolhendo ou rejeitando pessoas para a salvação. Sua grande escolha já foi feita. A escolha, agora, está na mão de cada filho de Adão que deve conhecer a Boa Nova de Deus: O Segundo Adão venceu o pecado e a morte e por ELE temos acesso ao Pai, Vida Eterna e reconciliação. A predestinação é a primeira grande história do Amor de Deus. Veja no texto a ternura de Deus para conosco:
1 – NOS ABENÇOOU COM TODA SORTE DE BÊNÇÃO ESPIRITUAL.
“Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo...” (v. 3)
Tudo o que se refere à espiritualidade, à comunhão da criatura com o Criador já nos foi ordenado. Uma vez restaurada a comunhão do ser humano com Deus, ele está aparelhado para reger todas as demais esferas da vida com equilíbrio e sucesso. O espiritual vem em primeiro plano e deve reger o material.
Portanto, me dirijo aos insatisfeitos com a vida. Por que tanto sentimento de infelicidade, inadequação, se você já foi salvo, regenerado, adotado na Família de Deus, justificado, selado com o Espírito Santo, iluminado? O que está errado com a sua fé?
Talvez esta história possa lhe ajudar. O pastor Ariovaldo Ramos contou a seguinte história: “Lembrava-se de uma irmã que fora missionária há muitos anos no Rio de Janeiro. Depois de mais de duas décadas ele a encontrou em outra região do Brasil e ela estava muito triste. Era exatamente o contrário a imagem que ele tinha daquela irmã, porque no tempo do trabalho missionário, ela era conhecida por sua alegria.
Quando a reencontrou, realmente estava muito triste, dizendo que estava fora do ministério, que trabalhava numa repartição onde não se sentia útil e estava orando para que Deus a tirasse dali.
Foi quando o pastor contou a ela a história do “Irmão da Enxada”: Tinha um irmão que trabalhava na Prefeitura cavando valetas. No final do expediente, ao invés de correr e limpar as ferramentas como todos os outros empregados faziam, ele apoiava o queixo no canto do cabo da enxada e ficava um tempo ali. Um dia os companheiros o interpelaram dizendo: - A gente não vê a hora de subir no caminhão e ir embora e você fica aí apoiado no cabo da enxada olhando para a valeta? Por que você faz isto?
Ele disse: – Eu não fico olhando para a valeta. Eu fico falando com Deus!
– E o que você fala com Deus? – Eu falo: Deus, o Senhor está vendo esta valeta. Eu a fiz para o Senhor. Fiz o melhor que pude. É um presente meu. Amanhã, quando os outros trabalhadores virem aqui passar os canos, vão dizer: Esta valeta está perfeita! Quando eles disserem isso, eu quero que o Senhor receba como elogio, porque passou por aqui este teu filho.
O pastor Ariovaldo contou a história e disse à irmã que pensasse nisso, despedindo-se a seguir.
Oito meses mais tarde, voltou para o mesmo local, reencontrou a irmã e agora ela estava muito feliz como em outros tempos. O pastor disse: – Que bom, irmã, você está feliz, Deus atendeu às suas orações e a remanejou? Ela disse: – Não, pastor, estou na mesma repartição, mas eu resolvi agir como o irmão da enxada. Decidi ser a funcionária que Jesus seria se estivesse em meu lugar e fazer tudo com a qualidade que Jesus faria. Tornei-me a melhor funcionária da repartição e as pessoas começaram a perguntar o que tinha acontecido comigo. Eu disse: – Virei crente! Os colegas de trabalho então disseram: – Não, a gente sempre soube que você era crente! Então ela disse: – Eu sempre fui à igreja, mas agora eu me converti. Agora eu aprendi que estou aqui para manifestar Deus!
Concluindo, aquela irmã estava discipulando quinze colegas de trabalho, porque as pessoas queriam saber o que fazer para ser como ela. (Pregação de Ariovaldo Ramos na 1ª Igreja Batista em Londrina. PR.)
2 – NOS ESCOLHEU (ELEGEU) NELE ANTES DA FUNDAÇÃO DO MUNDO E COM PROPÓSITO.
“Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor...” (v. 4)
O objetivo de Deus selecionar de entre todos os povos um povo para ser somente Dele é ter um povo SANTO, diferenciado dos demais povos da Terra. Irrepreensível. Povo que se educa no amor a Deus. Observe que este “Macro Plano” de Salvação e vida irrepreensível foi traçado antes da fundação do nosso mundo.
3 – NOS PREDESTINOU PARA FILHOS DE ADOÇÃO.
“E nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade...” (v. 5)
A palavra “predestinou” vem de um termo grego “PROORIDZO” = pró – antes e horidzo = determinar. Portanto fala de decidir de antemão, predeterminar. Tudo concebido para que redundasse “para louvor e glória de Deus” (v. 6)
Deus em sua presciência tinha claro diante de si toda a história do homem antes mesmo de criá-lo e Deus não abriu mão de nós desde quando nada havia. Deus decidiu que teria filhos por ADOÇÃO. Este assunto da ADOÇÃO é palpitante em todo o Novo Testamento. Veja:
“Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para remir os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos. E, porque sois filhos, Deus enviou aos vossos corações o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai. Assim que já não és mais servo, mas filho; e, se és filho, és também herdeiro de Deus por Cristo.” (Gl 4.4-7)
“Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus. Porque não recebestes o espírito de escravidão, para outra vez estardes em temor, mas recebestes o Espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai. O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus. E, se nós somos filhos, somos logo herdeiros também, herdeiros de Deus, e co-herdeiros de Cristo: se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados.” (Rm 8.14-17)
4 – NOS REDIMIU OU RESGATOU DA ESCRAVIDÃO DO PECADO.
“Em quem temos a redenção pelo seu sangue, a remissão das ofensas...” (v. 7)
A palavra “redenção” significa libertação. Havíamos nos tornado escravos do senhor das trevas, mas Cristo pagou o nosso preço de alforria e nos deu a liberdade!
“O qual nos tirou da potestade das trevas, e nos transportou para o reino do Filho do seu amor; em quem temos a redenção pelo seu sangue, a saber, a remissão dos pecados.” (Cl 1.13-14)
5 – NOS PRESENTEOU COM A RIQUEZA DA SUA GRAÇA.
“...Segundo as riquezas da sua graça (v. 7) que Ele fez abundar para conosco em toda a sabedoria e prudência...” (v. 8)
“A graça é a resposta de Deus à necessidade humana. Na sua condição de pecador, o único remédio é a graça divina. Por isso, o conceito simples da graça é favor imerecido. E esta graça vem para o homem por intermédio de Jesus.” (Revista Estudos Bíblicos. Efésios e Filemom. Socep. p.15)
Quem poderia sondar as riquezas de Deus com as quais ele nos presenteou? O texto aos Efésios nos dá a dimensão da dádiva de Deus:
“Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos), e nos ressuscitou juntamente com ele e nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus; para mostrar nos séculos vindouros as abundantes riquezas da sua graça pela sua benignidade para conosco em Cristo Jesus. Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus.” (Ef 2.4-8)
A graça de Deus está unida a toda a sabedoria e prudência, ou seja, está centrada na pessoa do Senhor Jesus.
“CRISTO, em quem estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência.” (Cl 2.3)
6 – NOS PERMITE CONHECER O SEU PLANO.
“Descobrindo-nos o mistério da sua vontade, segundo o seu beneplácito, que propusera em si mesmo, de tornar a congregar em Cristo todas as coisas, na dispensação da plenitude dos tempos, tanto as que estão nos céus como as que estão na terra.” (v. 9-10)
O cristão conhece o plano imediato, ou seja, a vontade de Deus para a sua vida e conhece o plano geral, isto é, o que Deus já determinou de antemão que acontecerá.
A Bíblia é a Revelação de Deus. Ela é profética no sentido de que o que está escrito, se cumprirá! No final dos tempos, tudo convergirá para Cristo.
7 – NOS FEZ A SUA ORGULHOSA HERANÇA.
“Nele, digo, em quem também fomos feitos herança, havendo sido predestinados, conforme o propósito daquele que faz todas as coisas, segundo o conselho da sua vontade; com o fim de sermos para louvor da sua glória, nós os que primeiro esperamos em Cristo.” (v.11-12)
O diabo veio para destruir a criação de Deus. Deus quer olhar para nós, sentir orgulho e dizer: COMO ME ALEGRO NESTE FILHO! É MEU ORGULHO!
8 – NOS SELOU COM O ESPÍRITO SANTO.
“Em quem também vós estais depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa. O qual é o penhor da nossa herança, para redenção da possessão adquirida, para louvor da sua glória.” (v.13-14)
Ponto alto da experiência cristã. O selo de aprovação e de propriedade.
“Mas o que nos confirma convosco em Cristo, e o que nos ungiu, é Deus, o qual também nos selou e deu o penhor do Espírito em nossos corações.” (2Co 1.21-22)
CONCLUSÃO:
Como vimos na exposição, grande é a ternura de Deus para com todos e em especial para com os que se reconciliam com Ele. Para estes, a autenticação final é a marca de Cristo neles, ou seja, o selo.
SELAR significa dar segurança e validade. O ato de colocar o selo somente poderia ser feito pelo dono do objeto, da carta ou propriedade. Deus é o dono dos crentes!
Fostes selados com o Espírito Santo da promessa” (Ef 1.13)
Estais selados para o dia da redenção” (Ef 4.30)
O selo que confirma a salvação daqueles que são de Deus é este: “O Senhor conhece aqueles que lhe pertencem.” (2Tm 2.19)
Deus tem o seu próprio selo. Se os homens têm o direito de usar um sinal para identificar o que lhe pertence, maior direito possui Deus! Para o cristão, este selo é garantia de proteção contra as inteligências cósmicas do mal na terra, conforme nos aponta Ap 9.1-4.
Os gafanhotos (demônios) que sairão do poço do abismo, não poderão causar danos ecológicos à terra, poderão afetar somente os homens que não têm o selo de Deus sobre a fronte.
Eis a necessidade do crente viver em harmonia com o Espírito Santo:
“E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual estais selados para o dia da redenção.” (Ef 4.30)
Você aceita este plano de Deus, concebido de antemão na eternidade?
Fonte: Revista Kerygma de Boas Novas nº 34

Retirado do Site Arminianismo.com
 

“... Conheço as tuas obras, que tens nome de que vives e estás morto.” "Carta à Sardes"



Por Pr. Silas Figueira                  

“Ao anjo da igreja em Sardes escreve: Estas coisas diz aquele tem os sete Espíritos de Deus e as sete estrelas: Conheço as tuas obras, que tens nome de que vives e estás morto.” Ap 3.1
“Ao anjo da igreja...”
 Sardes foi a primeira cidade dessa região a receber o evangelho, e a primeira a desviar-se da fé, e uma das primeiras a cair em ruína [1]. Não temos informação de quem iniciou esta igreja, mas provavelmente deve ter surgido com alguma pessoa que se converteu quando estava em Jerusalém no dia de Pentecostes, quando houve a descida do Espírito Santo. 
“... Sardes...”
A cidade de Sardes fica aproximadamente a 48 quilômetros a sudeste de Tiatira e a 80 quilômetros em linha reta a leste de Esmirna. Situada ao pé do monte Tmolus e no fértil vale do rio Hermus, ela foi também o ponto de convergência de várias estradas internas, de modo que se tornou um centro movimentado de comércio e tráfego [2]. A cidade ficava num inacessível platô, era uma fortaleza inabalável. Tal segurança produzia uma presunçosa autossuficiência. Eles pensavam ser inacessíveis. Por isso, não mais vigiavam as torres. Aproveitando-se dessa distração, Ciro, rei dos medos-persas em 529 a.C., quando este a cercou por 14 dias; e quando os soldados estavam dormindo, ele penetrou por um buraco na muralha, o único lugar vulnerável, e dominou a cidade. Em 218 a.C., Antíoco Epifânio dominou a cidade da mesma forma. Conquistada, a cidade cai em profundo declínio e nunca mais se recuperou. 

A glória de Sardes estava no seu passado. No sexto século a.C. a cidade tinha sido a capital do reino da Lídia, e mais tarde um centro de governo dos persas. Nos tempos do Novo Testamento ela estava reduzida a relativa obscuridade. Seu único destaque era que nela se encontravam diversas estradas romanas grandes, e ela era um importante centro industrial de produtos de lã e tinturaria. O povo da cidade era conhecido por sua maneira de viver luxuosa e dissoluta [3].  Os membros dessa igreja entenderam claramente o que Jesus estava dizendo, quando afirmou: “Sede vigilantes! ... senão virei como ladrão de noite” (Ap 3.3).

A cidade foi reconstruída no período de Alexandre o Grande e dedicada à deusa Cibele, identificada como a deusa grega Ártemis. Essa divindade padroeira era creditada com o poder especial de restaurar a vida aos mortos. Mas a igreja estava morrendo e só Jesus poderia dar vida aos crentes [4].  Sardes também promovia com zelo o culto ao imperador. No ano 17 d.C. Sardes foi totalmente destruída por um terremoto e reconstruída pelo imperador Tibério. A cidade tornou-se famosa pelo alto grau de imoralidade que a invadiu e a decadência que a dominou. Sardes era uma cidade rica, mas totalmente degenerada. A igreja tornou-se como a cidade. Em vez de influenciar, foi influenciada. Era como sal sem sabor ou uma candeia escondida. A igreja não era nem perigosa nem desejável para a cidade de Sardes. Foi nesse contexto que esta carta é enviada à igreja. Sardes era uma poderosa igreja, era uma igreja que tinha nome e fama, mas não tinha vida. Tinha um estilo fashion de vida, mais preocupada em demonstrar o exterior em detrimento do interior. Quem está mais preocupado com a aparência é porque precisa chamar a atenção para algo que quer esconder. No caso da igreja de Sardes, estavam escondendo a situação de morte, da ausência da vida e de paixão pelas coisas de Deus [5].

“... Estas coisas diz aquele tem os sete Espíritos de Deus e as sete estrelas...”

Jesus declara ser o que possui os sete Espíritos de Deus. Sete é o número da perfeição e da plenitude. Isso não significa que haja sete Espíritos Santos. Há apenas um Espírito de Deus. Mas quando o Espírito chega, vem pleno e com perfeição. A chave para o reavivamento nesta – e em todas as igrejas mortas – está em Cristo. Por que Jesus segura os sete Espíritos e as sete estrelas? A chave para reavivar os membros de uma igreja está com a direção do Espírito na vida de seus pastores. O reavivamento precisa começar no topo e espalhar-se pela base. Se os membros necessitam pegar fogo, os pastores têm de incendiar primeiro. Tal pastor, tal igreja [6].

“... Conheço as tuas obras, que tens nome de que vives e estás morto.”

A igreja de Sardes tinha adquirido um nome. Sua fama como igreja em crescente progresso havia evidentemente se espalhado em todo redor. Nenhuma falsa doutrina estava criando raiz em sua comunidade. Nada se ouvia dos balaamitas e nicolaítas, nem de Jezabel. Mas as aparências externas são notoriamente enganosas, pois esta congregação socialmente distinta era um cemitério espiritual [7]. Todos a reputavam como uma igreja florescente, ativa e bem-sucedida; todos, com exceção de Cristo. Suas obras não atingiam o padrão estabelecido por Ele [8]. Quem olhasse para esta igreja de forma superficial notaria uma igreja próspera e em crescimento, mas não veriam o material necrosado que ali reinava. Como disse R. N. Champlin, sempre parecemos melhores do que realmente somos. Essa é a grande lição que nos ensina o caso da igreja de Sardes, representada em qualquer século. Ali aprendemos que a vida foi posta a nossa disposição, e que a situação vigente pode ser curada [9].

A reputação de Sardes era falsa. Provavelmente, Sardes pode ter sido a primeira igreja na história do cristianismo caracterizada pelo “cristianismo nominal”. Seus membros pertenciam a Cristo somente pelo nome, porém não de coração. O nome correto para este comportamento é “hipocrisia”. Originalmente o hupokrites era um ator que desempenhava um papel no palco. Mas a palavra veio a ser aplicada a qualquer charlatão ou embusteiro que assume um papel falso. Hipocrisia é simulacro; é o “faz-de-conta” da religião [10].   
“Sê vigilante e consolida o resto que estava para morrer, porque não tenho achado íntegras as tuas obras na presença do meu Deus”. Ap 3.2
“Sê vigilante...”
A advertência “sê vigilante” é importante para Sardes, porque a cidade uma acrópole inexpugnável que nunca fora conquistada em ataque direto; mas duas vezes na história da cidade ela foi tomada de surpresa por falta de vigilância da parte dos defensores [11]. Jesus está dizendo para esta igreja de mortos-vivos para estarem vigilantes.

“... e consolida o resto que estava para morrer...”  

Na igreja de Sardes havia crentes espiritualmente em estado terminal. A maioria dos crentes apenas tinha seus nomes no rol de membros, mas não no Livro da Vida. Mas havia também crentes doentes, fracos e em fase terminal. O mundanismo adoece a igreja. O pecado mata a vontade de buscar as coisas de Deus [12].  Mas o Senhor mostra que havia esperança para alguns dentro da igreja de Sardes. Aquela igreja não estava totalmente destruída de vida. Os que estavam vivos precisavam ser fortalecidos. Como nos diz Efésios 5.14: “Desperta, ó tu que dormes, levanta-te de entre os mortos, e Cristo te iluminará”. O sono deles era um sono mortal e Jesus os estavam chamando para acordarem desse sono para a vida.

“... não tenho achado íntegras as tuas obras na presença do meu Deus”.

Esta igreja era conhecida por suas boas obras aos olhos dos homens, mas condenáveis diante de Deus por serem imperfeitas. Eram incompletas, inadequadas. A igreja não sofria perseguição, não era perturbada por heresias, não era importunada por oposição dos judeus, era conhecida como congregação cristã ativa e vigorosa, caracterizada por boas obras e atividade criativa. Mas aos olhos de Deus todas estas atividades religiosas eram um fracasso porque eram somente formais e externas e não inspiradas pelo Espírito Santo que dá vida. Temos aqui um exemplo perfeito de cristianismo puramente nominal, que se destaca em todos os aspectos externos e formais, mas aos olhos de Deus é um fracasso completo”. O apóstolo Paulo diz que “não é judeu quem o é apenas exteriormente, nem é circuncisão a que é somente na carne” (Rm 2.28). Também podemos dizer a que não é igreja que o é somente na carne, ou seja, exteriormente. Temos que ser aprovados por Deus e não sermos aplaudidos pelos homens, pois quem é amigo do mundo não pode ser amigo de Deus. Jorge Henrique Barro diz “de que adianta uma igreja cheia de pessoas vazias? Cheia de pessoas que estão lá mais por causa da fachada e do status do que por causa do próprio Cristo? Para os pastores sérios, que levam seu ministério e o da igreja a sério, isso é trágico [13]

Notas:
1 Cohen, Armando Chaves. Estudo Sobre Apocalipse. Ed. CPAD, Rio de Janeiro, RJ, 10º edição, 2005: p. 69.
2 Stott, John R. W. O que Cristo pensa da Igreja. Ed. United Press, Campinas, SP, 1999: p. 74.
3 Ladd, George. Apocalipse, introdução e comentário, Ed. Mundo Cristão e Edições Vida Nova, São Paulo, SP, 4º reimpressão, 1989: p.44.
4 Lopes, Hernandes Dias. Apocalipse, o futuro chegou. Ed. Hagnos, São Paulo, SP, 2005: p. 114.
5 Barro, Jorge Henrique. Uma Igreja Sem Propósitos, Ed. Mundo Cristão, São Paulo, SP, 2004: p. 101.
6 Lawson, Steven J. As sete igrejas do Apocalipse. Ed. CPAD, Rio de Janeiro, RJ, 4º edição, 2004: p. 143.
7 Stott, John R. W. O que Cristo pensa da Igreja. Ed. United Press, Campinas, SP, 1999: p. 78.
8 Wilcock, Michael. A Mensagem do Apocalipse. ABU Editora, São Paulo, SP, 1986: p. 30.
9 Champlin, Ph. D., R. N. O Novo Testamento Interpretado, versículo por versículo. Ed. Candeia, São Paulo, SP, 10º reimpressão, 1998: p. 476.
10 Stott, John R. W. O que Cristo pensa da Igreja. Ed. United Press, Campinas, SP, 1999: p. 79.
11 Ladd, George. Apocalipse, introdução e comentário, Ed. Mundo Cristão e Edições Vida Nova, São Paulo, SP, 4º reimpressão, 1989: p.44.
12 Lopes, Hernandes Dias. Apocalipse, o futuro chegou. Ed. Hagnos, São Paulo, SP, 2005: p. 117.
13 Ladd, George. Apocalipse, introdução e comentário, Ed. Mundo Cristão e Edições Vida Nova, São Paulo, SP, 4º reimpressão, 1989: p. 44.

QUARTETO GILEADE - TALENTO RECONHECIDO NOS ESTADOS UNIDOS



QUARTETO GILEAD DA CPAD MUSIC É RECONHECIDO NOS EUA


Ao final da matéria assista ALELUIA de HANDEL com o quarteto Gileade

Os rapazes Nivaldo, Marcos, Jabes e Junior do Quarteto Gileade, do cast da CPAD Music, fazem a festa em apresentação no palco principal hoje à noite, às 19h15 (21h15 hora de Brasília), na Convenção Nacional de Quartetos (National Quartet Convention) em  Nashiville, Tennesee.
Esse evento existe desde 1943 e já faz parte da tradição gospel nos Estados Unidos, porque por ele passam os maiores talentos da música cristã norte americana como Kingdom Heirs, Legacy 5, Gold City, Mark Trammell, Brian Free, Triumphant entre outros.
A apresentação de hoje será a segunda do Quarteto no evento, como informa o cantor Jabes: “A princípio fomos convidados para cantar em um espaço chamado Showcase, que é usado para novos grupos. Todos os que se apresentam no palco principal passam por lá primeiro”, explica. 
O cantor ressalta que: "O caso inédito é que nestes anos todos, nunca um grupo de outro pais participou da Convenção. Por isso, estamos muito gratos a Deus por sermos os primeiros. Todavia o mais inédito é que gostaram tanto, que nos convidaram para uma  apresentação completa no palco principal e no horário dos outros melhores quartetos do mundo”, revela. Jabes acredita que esse fato é um verdadeiro milagre.
Ao lembrar da apresentação no Showcase, ele conta: “A apresentação foi maravilhosa! Som perfeito! E para os americanos foi novidade assistir a um quarteto de outro país cantando em português. Parece que eles não imaginam que se faça música cristã de qualidade fora da América do Norte. Mas, pela graça de Deus, eles estão vendo na prática que há corações tão adoradores quanto os deles e que também fazem música com o desejo de oferecer a Deus com excelência”, reflete o cantor que, além da canção Jonas, não esconde ter colocado “estrategicamente” no repertório o aleluia de Hendel. “O resultado foi maravilhoso. Todos ficaram de pé”, recorda. Para se ter uma ideia de como o Aleluia de Hendel é belo, assista o vídeo com a apresentação do Quarteto Gileade cantando essa música no Brasil no seguinte endereço:

A apresentação de hoje pode ser assistida pela internet mediante inscrição no site: www.nqcvideo.com

Com muita expectativa, Jabes terminou a entrevista com pedidos de oração para que não seja simplesmente um momento de apresentação, mas um grande culto a Deus.
Fonte: CPADMusic
QUARTETO GILEADE, um Ministério de Louvor, Adoração e Propagação do genuíno Evangelho de Jesus Cristo através da música, sempre com grandes sonhos e projetos, segue avante para o alvo proposto.

[POINT RHEMA]®: Evo Morales suspende criminalização das igrejas - Orações atentidas

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