"Compartilhando o Evangelho, buscando os perdidos, edificando os santos, com vistas à glória de Deus!"
domingo, 22 de janeiro de 2012
Cristo é o seu Senhor?
Não estamos perguntando se Cristo é o seu “Salvador”, mas se Ele é real e verdadeiramente o seu Senhor. Se Ele não é o seu Senhor, então, mui certamente Ele não é o seu “Salvador”. Aqueles que não receberam a Cristo Jesus como o seu “Senhor”, e, apesar disso, supõem que Ele seja o seu “Salvador” estão iludidos, e sua esperança se baseia em um alicerce de areia. Multidões estão enganadas no que diz respeito a esta questão vital; por conseguinte, se o leitor dá valor à sua alma, imploramos-lhe que leia com a mais acurada atenção este pequeno artigo.
Quando perguntamos se Cristo é o seu Senhor, não estamos interrogando se você acredita na divindade de Jesus de Nazaré. Os demônios acreditam nisso (Mt 8.28-29), mas, estão eternamente condenados! Você pode estar firmemente convencido da divindade de Cristo e, apesar disso, continuar em seus pecados. Pode falar nEle com a mais profunda reverência, atribuir-Lhe seus títulos divinos em suas orações e continuar perdido. Pode abominar aqueles que difamam sua pessoa e negam sua divindade, e, não obstante, estar destituído de qualquer amor espiritual por Ele.
Quando perguntamos: Cristo é o seu Senhor? Queremos dizer: Ele ocupa, em tudo, o trono de seu coração; Ele realmente governa a sua vida? “Todos nós andávamos desgarrados… cada um se desviava pelo caminho…” (Is 53.6) descreve o curso de vida que todos seguem por natureza. Antes da conversão, cada alma vive para agradar a si mesma. Há muitos séculos foi escrito que “cada um fazia o que achava mais reto”. E por quê? “Naqueles dias, não havia rei em Israel” (Jz 21.25). Ah! Esta é a verdade que queremos tornar clara para nosso leitor. Enquanto Cristo não se tornar o seu Rei (1 Tm 1.17; Ap 15.3), enquanto você não se inclinar perante o cetro dEle, enquanto a vontade dEle não se tornar a regra de sua vida, o EU o dominará, e, deste modo, Cristo estará sendo negado.
Quando o Espírito Santo começa sua obra graciosa em uma alma, Ele primeiramente a convence de pecado. Ele mostra a autêntica e horrenda natureza do pecado. Ele leva a perceber que o pecado é uma espécie de rebelião e desafio contra a autoridade de Deus; é antepor a própria vontade contra a vontade de Deus. Ele mostra que, ao desviar-me pelo caminho (Is 53.6), ao agradar a mim mesmo, estou apenas lutando contra Deus. E quando meus olhos são abertos, para que eu veja como tenho sido um rebelde durante a vida inteira, como tenho sido indiferente para com a honra de Deus, como tenho sido despreocupado acerca de sua vontade, fico cheio de angústia e horror, sendo levado a maravilhar-me com o fato de que Aquele que é três vezes Santo ainda não me lançou há muito tempo no inferno. Meu caro leitor, você já passou por essa experiência? Em caso negativo, há grave motivo para temer-se que você continue espiritualmente morto!
A conversão, a conversão autêntica, a conversão salvadora, consiste em voltar-se do pecado para Deus, em Cristo. É lançar por terra as armas da minha luta contra Ele; é a cessação do desprezo e da ignorância sobre sua autoridade. A conversão no Novo Testamento é descrita assim: “Deixando os ídolos, vos convertestes a Deus, para servirdes [estardes em sujeição, obedecerdes] o Deus vivo e verdadeiro” (1 Ts 1.9). “Ídolo” é qualquer objeto ao qual damos aquilo que é devido exclusivamente a Deus – o lugar supremo em nossas afeições, a influência transformadora de nosso coração, o poder dominante em nossa vida. A conversão é uma volta de 180 graus, quando o coração e a vontade repudiam o pecado, o “eu” e o mundo. A conversão genuína é sempre evidenciada por aquela atitude que diz: “Que farei, Senhor?” (At 22.10). É a rendição sem reservas de nós mesmos à sua santa vontade. Você já se rendeu a Ele? (Veja Romanos 6.13.)
Existem muitas pessoas que gostariam de ser salvas do inferno, mas que não querem ser salvas de sua vontade própria, que não querem ser salvas de seus próprios caminhos, de uma vida (ou de alguma forma) de mundanismo. Deus, porém, não as salvará de conformidade com as condições que elas mesmas estabelecem. Para sermos salvos, precisamos submeter-nos às condições de Deus. Escute agora estas condições: “Deixe o perverso o seu caminho, o iníquo, os seus pensamentos; converta-se ao Senhor [pois se revoltou contra Ele em Adão], que se compadecerá dele, e volte-se para o nosso Deus, porque é rico em perdoar” (Is 55.7). E Jesus Cristo disse: “Assim, pois, todo aquele que dentre vós não renuncia a tudo quanto tem [que seja contrário a Mim] não pode ser meu discípulo” (Lc 14.33). É preciso que os homens sejam convertidos “das trevas para a luz e da potestade de Satanás para Deus”, antes que possam receber “remissão de pecados e herança entre os que são santificados” (At 26.18).
“Ora, como recebestes a Cristo Jesus, o Senhor, assim andai nele” (Cl 2.6). Esta é uma exortação dirigida a crentes, como se Paulo tivesse dito: “Continuai como começastes”. Porém, como haviam eles “começado”? Recebendo a “Cristo Jesus, o Senhor”, rendendo-se a Ele, deixando de agradar a si mesmos. A autoridade de Cristo tornou-se reconhecida, os mandamentos dEle se transformaram na regra de suas vidas. O amor de Cristo os constrangia a uma obediência exultante e sem reservas. “Deram-se a si mesmos primeiro ao Senhor” (2 Co 8.5). Caro leitor, você já fez isso? Já mesmo? Os detalhes de sua vida evidenciam isso? Aqueles com quem você mantém contato podem ver, agora, que você não está vivendo para si mesmo? (2 Co 5.15)
Ó, meu caro leitor, não se engane: a conversão produzida pelo Espírito Santo é algo completamente radical. É um milagre da graça. É a entronização de Cristo na vida do indivíduo. E tais conversões são raras. Multidões de pessoas têm “religião” suficiente apenas para fazê-las sentirem-se infelizes. É claro que estão se esforçando por servir a dois senhores. Recusam-se a abandonar todo pecado conhecido – e não há verdadeira paz para uma alma enquanto ela faz isso. Tais pessoas jamais receberam a “Cristo Jesus, o Senhor” (Cl 2.6). Tivessem feito isso, e a “alegria do Senhor” seria a força delas (Ne 8.10). Porém, a linguagem existente no coração e na vida dessas pessoas (embora não em seus “lábios”) é: “Não queremos que este reine sobre nós” (Lc 19.14). Será este o seu caso?
O grande milagre da graça consiste na transformação de um rebelde iníquo em um súdito leal e amoroso. Trata-se de uma “renovação” do coração, de tal maneira que seu dono veio a enojar-se daquilo que amava, e as coisas que julgava desagradáveis, agora lhe parecem atraentes (2 Co 5.17). Ele se deleita, segundo o “homem interior”, na “lei de Deus” (Rm 7.22). Descobre que os “mandamentos” de Cristo “não são penosos” (1 Jo 5.3) e, que, “em os guardar, há grande recompensa” (Sl 19.11). Esta é a sua experiência? Seria, se recebesse a Cristo Jesus, o SENHOR!
Entretanto, receber a Cristo, o Senhor, é algo completamente impossível para o poder humano sozinho. Esta é a última coisa que o coração não-renovado deseja fazer. Deve haver necessariamente uma transformação sobrenatural do coração, antes que apareça até mesmo o desejo de que Cristo ocupe o trono. E essa transformação só pode ser realizada pelo próprio Deus (1 Co 12.3). Por conseguinte, “buscai o Senhor enquanto se pode achar” (Is 55.6), “Buscar-me-eis e me achareis, quando me buscardes de todo o vosso coração” (Jr 29.13). Caro leitor, talvez você seja alguém que professa ser crente há muitos anos, sendo bastante sincero em sua profissão de fé. Porém, se Deus tiver condescendido em usar este artigo para mostrar-lhe que você nunca recebeu verdadeiramente a “Cristo Jesus, o Senhor”; se agora, em sua própria alma e consciência, você percebe que o EU tem governado sua vida até este momento, não deseja prostrar-se de joelhos e confessar a Deus sua vontade própria, sua rebelião contra Ele e pedir-Lhe que opere de tal modo em você, que, sem demora, você seja capacitado a render-se completamente à vontade dEle, tornando-se um súdito, um servo, um amoroso escravo dEle, em ações e em verdade?
Fonte: Editora Fiel
sábado, 21 de janeiro de 2012
Os Puritanos
Richard Baxter, John Owen, Blaise Pascal, John Bunyan, e A Assembléia de Westminster
•1603 Armínio defende que a predestinação é baseada na presciência.
•1603 Tiago I torna-se Rei.
•1604 Os puritanos encontram Tiago I em Hampton Court. Suas esperanças são frustradas.
•1609 Morre Tiago Armínio.
•1610 Nasce Irmão Lourenço.
•1610 Os Arminianos publicam o Remonstrance (Protesto), contendo 5 artigos.
•1611 Publicada a Versão King James, a tradução inglesa mais influente da Bíblia.
•1615 Nasce o puritano Richard Baxter, autor de The Reformed Pastor. Publicado no Brasil com o título O Pastor Aprovado, pois Baxter utilizou o termo reformed (reformado) no sentido de um pastor renovado em suas práticas.
•1616 Nasce o puritano John Owen, chamado o Calvino da Inglaterra.
•1618 Publicado O Livro dos Esportes. Ele contradiz a visão puritana sobre o Dia do Senhor, mas os puritanos são forçados a lê-lo.
•1618-1619 O Sínodo de Dort é convocado na Holanda para responder aos arminianos. A resposta forma os 5 pontos do Calvinismo.
•1620 Os puritanos fundam a colônia de Plymouth, Massachusetts.
•1623 Nasce Blaise Pascal.
•1623 Nasce Francis Turretin.
•1625 Carlos I torna-se Rei. Ele também é contra os puritanos.
•1628 William Laud torna-se Bispo de Londres e intensifica a opressão aos puritanos.
•1628 Nasce o puritano John Bunyan, autor de O Progresso do Peregrino, entre muitas outras obras de poesia e prosa.
•1629 Carlos I dissolve o Parlamento.
•1630 John Winthrop e muitos puritanos migram para a América.
•1632 Nasce Locke, fundador do Empirismo.
•1633 O Livro dos Esportes é renovado.
•1636 A Universidade de Harvard é fundada pelos puritanos.
•1638 O Pacto Nacional.
•1640 Carlos I convocada o Parlamento. Eles restringem o seu poder.
•1643 A Liga e Pacto Solene.
•1643-1646 A Assembleia de Westminster.
•1646 O exército de Cromwell derrota o Rei na Batalha de Naseby.
•1647 George Fox funda a Sociedade Religiosa de Amigos (Quakers).
•1649 Carlos I é executado. Oliver Cromwell torna-se Lorde Protetor
•1650 (aproximadamente) O Irmão Lourenço torna-se um monge, e “andou com Deus por quarenta anos numa cozinha” (Great Christian Books, 57). Mas ele fez isso para glorificar a Deus.
•1654 Conversão de Pascal. Ele começou a colecionar notas para uma Apologia à Religião Cristã. A obra não foi concluída, mas suas notas foram publicadas postumamente como Pensees (Pensamentos).
•1658 Morre Cromwell.
•1660 Carlos II torna-se Rei da Inglaterra.
•1661-1663 John Eliot publica a Bíblia em algonquian, um idioma americano nativo. Ao longo de sua vida ele ajudou a plantar pelo menos 14 igrejas americanas nativas.
•1662 Morre Pascal.
•1662 Novo Ato de Uniformidade. Mais de dois mil pastores puritanos renunciam ou são forçados a sair.
•1675 O livro Pia Desideria de Philip Jacob Spener ajuda a iniciar o movimento pietista.
•O Edito de Nantes é revogado, tornando o Protestantismo novamente ilegal na França. Muitos huguenotes emigraram, enquanto alguns permaneceram na França e se reuniam em secreto.
•1685 Nasce J.S.Bach, chamado o quinto evangelista.
•1687 Morre Turretin. Suas Institutes of Elenctic Theology foram publicadas entre 1679-85. No Brasil elas foram publicadas em 2011, com o título Compêndio de Teologia Apologética (3 volumes).
•1688 Guilherme e Maria assumem o trono. Os puritanos recebem liberdade para pregar e estabelecer suas próprias igrejas.
•1691 Morre Irmão Lourenço.
Tradução e adaptação: Felipe Sabino de Araújo Neto (09/01/2012)
quarta-feira, 18 de janeiro de 2012
A realidade da evangelização longe dos grandes centros
Você é um crente que está disposto a dizer “Senhor, eis-me aqui, envia-me a mim”? Você é sincero ao cantar “eu quero trabalhar pra meu Senhor/ levando a Palavra com amor”? Permita-me citar apenas dois casos de disposição para, de fato, trabalhar para o Senhor. Ao final, tente responder para si mesmo se você ainda mantém sua sinceridade e disposição.
Num distrito de algum município, com apenas três mil habitantes, os cultos são realizados num dia de semana. Só quem comparece ao trabalho é o dirigente e algum irmão que ele leva da cidade, porque não há nenhum crente nesse distrito. No máximo, algumas crianças ficam gritando e brincando por perto. O culto, por ser de pregação, é realizado do lado de fora de um pequeno salão alugado pela igreja sede.
Não há ninguém nas ruas, a não ser algumas pessoas que estão sentadas nas calçadas de suas casas, há cerca de 50 metros. Mas logo elas se recolhem e fecham as portas de suas casas. Depois, ligam a TV bem alta para o "barulho dos crentes" não atrapalhar a novela. O fim do culto se aproxima, e vila está deserta. Os únicos barulhos que se ouvem são o de um bar repleto de senhores bêbados e combalidos e o de uma pequena capela cheia de velhinhas beatas e extremamente religiosas.
A pregação é feita num sonzinho fraco, com muito médio, parecendo alto-falante de feira livre. Na hora do convite, a mensagem é pregada, mas o retorno é pouco. No máximo, aparece um bêbado se convertendo. É o mesmo da semana passada. E assim segue. Os irmãos desmontam o som e voltam pra cidade.
O segundo caso não é muito diferente. O local também é parecido. Campanha evangelizadora, domingo, 15h, 39° C. Pouquíssimos irmãos saem ao campo para evangelizar. As ruas estão desertas, mas os senhores estão nos bares, jogando dominó e bebendo a cachaça de sempre, enquanto os jovens se divertem nos campos de futebol.
Os irmãos caminham sob um sol escaldante, entregam literaturas, mas elas, em vez de lidas, são rasgadas minutos depois de os irmãos saírem. Eles batem em algumas portas, mas ouvem sonoros “nãos”. Ninguém quer ouvir “ladainha da lei de crente”. Outros dizem “eu já tenho Jesus no coração”. Há quem também diga “vocês são inimigos de Maria”, ou ainda “se for pra deixar meu são Francisco, eu não quero”.
Os irmãos retornam para a igreja. Mais um domingo sem almas, apesar de os evangelizadores se desdobrarem em busca de vidas para Jesus. O dia sem conversões não foi muito diferente dos demais. No ano inteiro, pouco mais de uma dúzia de pessoas aceitaram a Cristo na cidade inteira. Uma média de uma conversão por mês. Apenas.
Temos vistos cenários iguais ou piores do que estes Não importa se é longe ou perto, num sítio ou numa favela, num bairro elitista ou numa vila de esgoto a céu aberto. Casos como estes citados são a realidade de uma seara carente de ceifeiros. Lugares assim são tão difíceis, que os crentes locais, apesar de serem fervorosos e não largarem Cristo por nada, sabem que a resistência dos ímpios é muito forte a ponto de o Evangelho ser pregado, mas o resultado não ser eficaz há um bom tempo.
Será que, após analisar apenas dois casos da realidade de evangelização desses lugares, as pessoas ainda sairão cantando à revelia que estão dispostas a se gastarem para Jesus? Será que o emocionalismo simples de conhecer histórias chocantes similares faz com que a conversão de vidas tão oprimidas se torna instantânea? Será que ao chegar num lugar desse, onde os mais velhos se entregam à idolatria ferrenha e os mais jovens estão mergulhados na prostituição e nas drogas, basta apenas chegar, gritar no microfone e as almas virão irresistíveis a Jesus?
O Senhor procura obreiros que se entreguem de corpo e alma, sem interesses em recompensas terrestres, que se dediquem a pregar em lugares de intensa resistência. É claro que Ele tem à disposição homens dispostos à Sua causa, mas quem quer se arriscar? Deus tem usado muitos dos Seus filhos para pregar em universidades conceituadas, poderosas empresas, grandes colégios e contingentes populacionais elitistas, mas Ele também está à espera de cristãos que abdiquem dos confortos e luxos para socorrer almas de lugares distantes, sem cultura, sem projeção e sem visibilidade.
Deus ordenou para Jonas: “Levanta-te, e vai à grande cidade de Nínive, e prega contra ela a mensagem que eu te digo” (Jn 3.2). E o conselho dele para cada crente é o mesmo: levante-se, vá e pregue.
A-BD
segunda-feira, 16 de janeiro de 2012
VISÕES E SONHOS!!!!
sábado, 14 de janeiro de 2012
NÓS NASCEMOS PARA PERDER
Sim, nascemos para perder. Mas calma, calma... Eu explico! Antes, porém, observe como esta sequência de frases é antropocêntrica e prioriza a autoajuda:
"Você é escolhido e a tua história não acaba aqui. Você pode estar chorando agora, mas amanhã você irá sorrir. Deus vai te levantar das cinzas e do pó. Deus vai cumprir tudo que tem te prometido. Você vai ver a mão de Deus te exaltar. Quem te vê há de falar: Ele é mesmo escolhido. Quem sabe no teu pensamento você vai dizer: Meu Deus como vale a pena a gente ser fiel..."
Sinceramente, me incomodam as composições "evangélicas" que massageiam o ego dos crentes. A sua ênfase é sempre: "Você, você e você", e não: "Ele, Ele e Ele". É como se a história de um "escolhido" fosse mais importante que a gloriosa história do Escolhido (Cristo) e sua Eleita (Igreja)!
Esse tipo de mensagem motivadora tem a sua relativa importância. Mas, ao mesmo tempo, injeta na alma do crente — que deveria depender inteiramente do Senhor, humilhando-se debaixo de sua potente mão (1 Pe 5.6) —, sem que perceba, um sentimento de que tudo gira em torno dele, de que ele é o centro de tudo...
Aproxima sequência de frases combina antropocentrismo, autoajuda e triunfalismo, cobertos com uma linda roupagem evangélica:
"Vão dizer que você nasceu pra vencer, que já sabiam, porque você tinha mesmo cara de vencedor. E que se Deus quer agir ninguém pode impedir. Então você verá cumprir cada palavra que o Senhor falou. Quem te viu passar na prova e não te ajudou, quando ver você na bênção vão se arrepender. Vai estar entre a plateia e você no palco, vai olhar e ver Jesus brilhando em você".
É claro que, se isolarmos frases como "se Deus quer agir ninguém pode impedir" ou "vai olhar e ver Jesus brilhando em você", a nossa visão sobre a canção mudará, mas elas estão inseridas num contexto. Ainda que se mencionem a ação de Deus, que ninguém de fato consegue impedir (Is 43.13), e o brilho de Jesus ria vida do cristão (Mt 5.14-16), outras frases depõem contra a Palavra de Deus, como "Vão dizer que você nasceu pra vencer" e "você linha mesmo cara de vencedor".
Quem disse que nascemos para vencer? Na verdade, como viemos ao mundo em pecado (SI 51.5; Rm 3.23), nascemos para perder! Toda a humanidade é pecadora e já nasce derrotada, debaixo da desobediência (Rm 5.12; 11.32).
A Palavra de Deus diz: "E vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados, em que, noutro tempo, andastes, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar [...] e éramos por natureza filhos da ira, como os outros também" (Ef 2.1-3). Ou seja, em Cristo, e não porque nascemos para vencer, somos mais que vencedores (Rm 8.37)!
O problema da autoajuda "evangélica" é que ela não dá o devido valor à graça e à misericórdia, além de supervalorizar o lado motivacional. Biblicamente, somos vasos de barro. O que nos torna diferentes é o conteúdo do vaso! "Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós" (2 Co 4.7).
Em resumo, nascemos para perder, e o Senhor, pelas suas misericórdias — que são a causa de não continuarmos derrotados (Lm 3.22,23) — e pela sua graça (Ef 2.8,9), nos torna mais que vencedores.
Trecho do recomendável livro “Erros que os Adoradores Devem Evitar”, do pastor Ciro Zibordi
quarta-feira, 11 de janeiro de 2012
Muitos aceitam a Cristo, mas quantos seguem seus ensinamentos?
Não é difícil, em nosso mundo, fazer uma pessoa se interessar pela mensagem do Evangelho. O que é terrivelmente difícil é fazê-la conservar o interesse. Milhões de pessoas, em nossa cultura, se decidem por Cristo, mas a taxa de desgaste é enorme. Muitos proclamam que nasceram de novo, mas as evidências de um discipulado cristão maduro são muito pequenas.
Em nosso tipo de cultura, qualquer coisa (até notícias sobre Deus) pode ser vendida se tiver sido empacotado recentemente, mas, quando perder a novidade, torna-se um montão de lixo. Existe um grande mercado de experiência religiosa em nosso mundo; mas, existe pouco entusiasmo e paciência para a aquisição de virtudes e pouca inclinação para o aprendizado longo do que gerações antigas de cristãos chamavam "santidade".
O que tem movido os nossos corações a Cristo? A curiosidade? O fato de muitas pessoas estarem tomando o mesmo rumo? As ofertas de prosperidade, lucro fácil, riquezas e notoriedade? O que nos motiva a ir constantemente às reuniões e passar ali um tempo cantando, orando e ouvindo um sermão?
Jesus orientou seus discípulos a sair e pregar o Evangelho. Disse que aqueles que viessem a crer seriam salvos. O apóstolo Paulo disse que os que creem e passam a viver uma nova vida em Cristo são completamente transformados. Terá isso acontecido, realmente, conosco? Cremos, verdadeiramente, na Palavra de Deus? E a partir do momento que cremos, fomos transformados? Deixamos o mundo para trás? Somos, sem dúvidas, novas criaturas?
O Senhor Jesus não é uma mercadoria que compramos, como os presentes de Natal, que recebemos, usamos e, talvez, joguemos fora logo. Ele é a maior bênção que uma pessoa pode ter. Ele deve ser guardado no coração e vivido, por fé por toda a nossa existência.
Com Jesus no coração, a única coisa que podemos ainda buscar, para uma completa felicidade, é uma vida de virtudes e santidade, de obediência e submissão. Só assim seremos verdadeiros cristãos, só assim o Natal deixará de ser uma data comercial, só assim a nossa alegria será perfeita.
Paulo Roberto Barbosa
domingo, 8 de janeiro de 2012
Chega de “irmãos” – Eu quero amigos!
Por Wilson Porte Jr.
A amizade é um tema pouco tratado no meio cristão. Pare e pense em quantos livros você já leu sobre amizade cristã. São raros. Estamos tão acostumados em chamar os outros de “irmãos” que esquecemos que também precisamos de amigos.
No começo até imaginamos que, se temos irmãos, logo, temos amigos. Todavia, no primeiro pântano da amargura, percebemos que falta-nos amigos que chorem com a gente e estendam a mão para nos tirar de lá. Como pastor, tenho percebido cada dia mais a necessidade que as pessoas têm de encontrarem amigos. Estão cercadas de “irmãos”, mas dificilmente encontram neles algum amigo. Estranho, não é? Por quê isso?
Às vezes, penso ser por causa da superficialidade que ronda o ambiente cristão em geral. Muitos estão apegados à costumes e gírias cristãs (ex.: A Paz, irmão!… Na bênção?!… E aí, bênção?!), que, em essência, não significam absolutamente nada, que não, demonstrar que um ou outro é cristão. Me perdoem, mas eu detesto estas gírias e costumes. Se algum dia me virem as usando, estejam certos que eu surtei, enlouqueci, ensandeci.
Por exemplo, eu sei que alguém é meu irmão quando ele chega para mim e diz: “A paz, pastor!”… Opa, imagino que esse seja meu “irmão na fé”. Ou, quando estou comprando algo, e a moça do caixa me diz: “Deus abençoe o senhor”, daí penso: essa também é minha irmã em Cristo. Cenas assim acontecem sempre. Aparentemente, tenho uma grande família de “irmãos” e “irmãs”, que não sabem onde eu moro, como me chamo, minhas tristezas, minhas alegrias. Às vezes penso que o jargão “irmão” é igual ao “companheiro” do PT. Se chama todo mundo de “companheiro” sem se pensar no que se está dizendo.
Creio que Jesus, com seu exemplo, nos ensina muito sobre amizade e companheirismo. Jesus decidiu cercar-se de pessoas que o trairiam, negariam, e abandonariam. Ele sabia de tudo isso. Mesmo assim, ele decidiu.
Jesus não ficou esperando que as pessoas viessem procurá-lo para uma amizade. Ele não esperou que alguém o notasse, que alguém puxasse papo, que alguém se preocupasse com ele. Antes, ele decidiu ir e notar, puxar papo, se preocupar com pessoas de dentro e de fora de seu convívio. Se você quer ter amigos, vá e faça-os! Outro erro, é entendermos que amizade significa ter alguém que se preocupe com você. Totalmente anti-bíblico! Amizade significa você decidir se preocupar com alguém. Quando isso acontece, começasse uma amizade.
O cristianismo e a amizade cristã têm mais a ver com você dar do que receber, fazer do que esperar que façam, amar do que esperar que lhe amem, se preocupar do que esperar que se preocupem. A amizade cristã está sempre voltada para o próximo! Jesus disse que ele:
Não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos … Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a própria vida em favor dos seus amigos... tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho dado a conhecer. (Mc 10.45 e Jo 15.13-15)
Tendo estas palavras em mente, sejamos como Ele! Não nos esqueçamos que amizade cristã tem a ver em servir alguém hoje, e não esperar que alguém nos sirva. Saia! Sirva! Preocupe-se! Ame! Solidarize-se! Siga os passos de seu Mestre. Faça isso. Só não fique parado esperando que alguém se lembre de você e faça algo por você. Isso, pela graça de Deus, poderá ocorrer. Só não se esqueça que, amizade, aos olhos de Deus, tem mais a ver com o que você está decidindo fazer por alguém hoje (um telefonema, um passeio, uma conversa sincera) do que com o fato de ninguém estar se lembrando de você.
Chega de vivermos apenas como “irmãos”. Sejamos amigos, e verdadeiramente irmãos, de carne (pois comemos do mesmo “pão” que desceu do céu) e de sangue (pois estamos lavados e perdoados pelo, agora, nosso grande Amigo!).
A igreja não precisa de donos ou estrelas. Ela carece de servos eficazes, longe dos holofotes
Como Vai Ser 2012?
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[POINT RHEMA]®: Evo Morales suspende criminalização das igrejas - Orações atentidas
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